A UNIFICAÇÃO DA ITÁLIA
O Congresso de Viena (1814-1815)
dividiu a Itália em sete Estados: Reino Sardo-Peimontês - governado pela
família dos Sabóia. Reino da Lombardia - governada pela Áustria. Estados
Pontifícios - autoridade da Igreja Católica. Ducado da Toscana, Parma e Modena
- governada pela Áustria. Reino de Nápoles ou das Duas Sicílias - governado
pela família dos Bourbons.
Até o século XIX a Itália era basicamente agrária.
No Norte ocorriam os primeiros investimentos na industrialização. Surgindo uma
burguesia industrial. Em meados do século XIX, Giuseppe Mazzini tenta unificar
a península itálica em uma república, mas fracassa. Na segunda metade do século
XIX, Vítor Emanuel II, rei piemontês, recebendo apoio de Napoleão III,
aproxima-se da burguesia e inicia o processo de unificação italiana.
A Áustria
coloca-se contrária a tal processo de unificação, dando inicio a uma guerra
entre estes países. Com a ajuda da França, os austríacos são vencidos.
Fortalecendo o processo de unificação da Itália. Giuseppe Garibaldi vence as
batalhas de Montebello (20/05/1859) e Magenta (04/07/1859).
A guerra une vários
reinos italianos. A partir de 1860, os reinos são unificados e Vítor Emanuel é
aclamado rei. Em 1870 o processo de unificação é completado e Roma torna-se a
capital. Em 1929, através do Tratado de Latrão, é criado o Estado do
Vaticano.
A UNIFICAÇÃO DA ALEMANHA
Até meados do século XIX, a Alemanha
era formada por uma confederação de principados e Estados com sede em
Frankfurt. A Prússia e a Áustria destacavam-se dentro desta confederação.
Mapa e bandeira da Confederação Germânica
A
agricultura era a principal atividade econômica, mas mantinham-se relações
feudais de produção. A mão-de-obra concentrava-se nos meios urbanos,
procedentes da exclusão rural. Devido ao desemprego e as más condições de vida,
surgem diversas revoltas por toda a Alemanha. A indústria estava em processo de
afirmação e não ocorria em todas as regiões da Alemanha. Para diminuir os
impostos alfandegários, é criada a Zollverein, abolição da cobrança de impostos
em transações de estados alemães com exceção da Áustria. Essa medida
impulsionou a circulação de mercadorias e também o desenvolvimento industrial
na região.
Surgem diversas e antagônicas manifestações de interesses na
Alemanha: Os grandes industriários desejavam reformas garantidas por uma constituição.
A pequena burguesia pretendia a democratização dos estados alemães. As
lideranças urbanas e os operários partilhavam de idéias socialistas. Guilherme
I, rei da Prússia, concede à Otto von Bismarck a presidência do parlamento.
Otto von Bismarck
O
aristocrata Bismarck, aproxima-se das camadas populares, ganhando apoio destes.
Bismarck passa a defender a hegemonia prussiana em detrimento da Áustria. Em
1866, a Prússia vence os austríacos na Batalha de Sadowa. Após este confronto
a Áustria desliga-se dos Estados germânicos e juntamente com a Hungria forma o
Império Áustro-Húngaro. Mesmo com a saída da Áustria a Alemanha continua
dividida. A Prússia lidera a Confederação Germânica do Norte. Os Estados do Sul
foram impedidos de participar da confederação devido as ameaças de invasão da
França. A França declara guerra à Prússia e é derrotada em 18/01/1871. Devido a
vitória germânica é criado o Império Alemão, sob o comando de Guilherme I, que
recebe o título de Kaiser (imperador).
Coroação de Guilherme I
Com a criação do Império Alemão, a Alemanha
surge como uma grande potência européia: Poderoso exército - venceu a Áustria e
a França. População numerosa e urbana. Crescimento industrial invejável.
Bismarck cria uma legislação trabalhista e programas de assistência social.
Porém devido a divergências com o Kaiser Guilherme I, Bismarck, o “Chanceler de
Ferro”, é deposto. No início do século XX a Alemanha já é uma das maiores
potências mundiais.
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